terça-feira, 27 de maio de 2014

Todos poemas são de amor


Se o poeta falar num gato, numa flor,
Num vento que anda por descampados e desvios
E nunca chegou à cidade
Se falar numa esquina mal e mal iluminada…
Numa antiga sacada, num jogo de dominó
Se falar naqueles obedientes soldadinhos de chumbo que morriam de verdade
Se falar na mão decepada no meio de uma escada de caracol…
Se não falar em nada
E disser simplesmente tralalá…
Que importa?
Todos os poemas são de amor!


Mário Quintana.

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