segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Saudade, é só!


É o aperto constante no peito, um pré-ataque cardíaco, um buraco na parede da sala, um cupim roendo constantemente o móvel mais bonito que temos em casa. É a ausência presente. É a felicidade que bate a porta mas nunca entra. É a lágrima que ficou no canto dos olhos e você se segurou para que ela não caísse na frente de todo mundo. É aquela fome no meio da madrugada que você não sabe como saciar. É você dizendo para si: "eu quero mais". É a barreira invisível para aquele abraço perfeito. Saudade é o reviver de coração. É o coração pedindo socorro.

Minha saudade me rompe, por vezes me corrompe. Irrompe dentro de mim como se fosse o desespero em busca da luz. E eu tenho saudade de tanta coisa. De tanta gente. De tanta vida. Sinto falta de menina que tinha mais coragem, das pessoas que acharam que eu as deixei no meio do caminho - enquanto me afastei para que pudessem seguir os seus. Ela me toma em momentos que quase me arrebenta; lembrando que estamos vivos, pulsando...por vezes nos faz desejar que não tivéssemos vivido certos momentos. Mas, e ai, o que seria da vida se não pudéssemos aproveitar a beleza que se tem na saudade?

Então agradeça a lágrima no canto do olho, o sorriso perdido na boca, as noites de insônia regradas à lembranças. Agradeça porque você viveu. Sorria porque você chorou e continue o caminho porque você tem força. Se você tiver certeza que seu caminho é o certo; sempre será possível suportar. E aí... aí, meu amigo, a saudade será sua boa companhia. Não seu tormento.

Do que você tem saudade?


Alyssa Hopp