quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Saudade, é só!
É o aperto constante no
peito, um pré-ataque cardíaco, um buraco na parede da sala, um cupim roendo
constantemente o móvel mais bonito que temos em casa. É a ausência presente. É
a felicidade que bate a porta mas nunca entra. É a lágrima que ficou no canto
dos olhos e você se segurou para que ela não caísse na frente de todo mundo. É
aquela fome no meio da madrugada que você não sabe como saciar. É você dizendo
para si: "eu quero mais". É a barreira invisível para aquele abraço
perfeito. Saudade é o reviver de coração. É o coração pedindo socorro.
Minha saudade me rompe, por
vezes me corrompe. Irrompe dentro de mim como se fosse o desespero em busca da
luz. E eu tenho saudade de tanta coisa. De tanta gente. De tanta vida. Sinto
falta de menina que tinha mais coragem, das pessoas que acharam que eu as
deixei no meio do caminho - enquanto me afastei para que pudessem seguir os
seus. Ela me toma em momentos que quase me arrebenta; lembrando que estamos
vivos, pulsando...por vezes nos faz desejar que não tivéssemos vivido certos
momentos. Mas, e ai, o que seria da vida se não pudéssemos aproveitar a beleza
que se tem na saudade?
Então agradeça a lágrima no
canto do olho, o sorriso perdido na boca, as noites de insônia regradas à
lembranças. Agradeça porque você viveu. Sorria porque você chorou e continue o
caminho porque você tem força. Se você tiver certeza que seu caminho é o certo;
sempre será possível suportar. E aí... aí, meu amigo, a saudade será sua boa
companhia. Não seu tormento.
Do que você tem saudade?
Alyssa Hopp
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