segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Encontros e reencontros



Acho a palavra encontro de uma beleza delicada. Ela exala calor humano, tem um suave cheiro de dama da noite. No encontro sentimos gosto de início, de novo, de timidez doce. Um prenúncio de intimidade gostosa, de carinho sem fim. É um admirar pela janela da alma cada detalhe, sem perder um piscar de olhos, um sorriso de canto, uma ternura enroscada numa covinha da bochecha. É puxar o fio certo para ir direto ao coração e de lá não sair nunca mais.
Já a palavra reencontro tem um gostinho de saudade saciada, de ternura relembrada.

No reencontro braços e coração se abrem no mesmo compasso para poder acolher quem tanto queremos bem. É abraçar a fotografia olhada tantas vezes com uma saudade imensa e intensa. É sentir o calor do perfume registrado e jamais esquecido, o da pele e o da alma.

Ando em meio a encontros esbarrando nas calçadas da vida em doces reencontros, é assim que me agrada caminhar, é assim que me encontro em tanto reencontrar.

Meire Oliveira

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