Acho a palavra encontro de uma
beleza delicada. Ela exala calor humano, tem um suave cheiro de dama da noite.
No encontro sentimos gosto de início, de novo, de timidez doce. Um prenúncio de
intimidade gostosa, de carinho sem fim. É um admirar pela janela da alma cada
detalhe, sem perder um piscar de olhos, um sorriso de canto, uma ternura
enroscada numa covinha da bochecha. É puxar o fio certo para ir direto ao
coração e de lá não sair nunca mais.
Já a palavra reencontro tem um
gostinho de saudade saciada, de ternura relembrada.
No reencontro braços e coração se
abrem no mesmo compasso para poder acolher quem tanto queremos bem. É abraçar a
fotografia olhada tantas vezes com uma saudade imensa e intensa. É sentir o
calor do perfume registrado e jamais esquecido, o da pele e o da alma.
Ando em meio a encontros esbarrando
nas calçadas da vida em doces reencontros, é assim que me agrada caminhar, é
assim que me encontro em tanto reencontrar.
Meire Oliveira
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