Tem gente que chora, briga, xinga, “atropela”
os outros, canta, dorme, mas eu escrevo. Escrevo sobre o que o penso, o que
sinto, o que vejo, sobre o que eu não consigo evitar, sobre o medo, a vida, os
sonhos, o amor e as decepções. Escrevo porque às vezes o coração fica vazio,
confuso, perdido. Escrevo porque fico magoada com a ausência de pessoas que são
especiais e até daquelas que já o foram. Escrevo porque sinto saudade do que já
tive, de quem já tive e do que talvez nunca terei. Escrevo porque estou feliz,
realizada e de bem com meu espelho. Escrevo porque estou apaixonada, de bem com
a vida e cheia de planos futuros. Escrevo quando não entendo as voltas que a
vida dá, quando não entendo os acontecimentos e não sei o que fazer com eles. Escrevo
quando só tenho perguntas e também quando tenho respostas sem perguntas. Escrevo
quando alguém fala algo aos meus ouvidos e me pede para transcrever um bocado
de coisas que nem eu tenho consciência de onde vem. Escrevo quando a minha alma
pede, quando os meus sentimentos brotam através de palavras, quando o que eu
penso, num instante, se transforma em palavras, versos, linhas e textos.
Estranho como quando eu escrevo tudo fica fácil, mais leve, mais sutil. É bem
como diz Fernando Pessoa, "Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a
febre de sentir".
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