Ter ou não ter, eis a questão? Existe vaidade
boa? Precisamos mesmo disso? Difícil pensar e principalmente falar sobre o
assunto. Incrível como os temas mais complexos passam pela minha mente, mas
definitivamente a questão não é essa.
Voltando ao assunto, nada melhor que recorrer
ao dicionário para extrairmos uma ideia inicial para nos guiar. Então, nesse
sentido, vaidade é desejo imoderado de chamar atenção, ou de receber elogios; ideia
exageradamente positiva que alguém faz de si próprio; presunção, fatuidade; ostentação,
vanglória. Definitivamente, sob esse aspecto, vaidade não me parece algo “bom”.
Apesar disso, sempre acreditei que um pouco
de vaidade era preciso. Não essa vaidade definida pelo dicionário, mas sim
aquela que nos faz gostar e cuidar de nós mesmos, na medida certa. Tão difícil como
definir vaidade é definir o quanto de vaidade cada um de nós deveria ter. Impossível
encontrar um limite? Provavelmente não. O limite deve ser o limite do bom
senso, da autocrítica, da reflexão sobre os atos, da imagem que estamos
transmitindo, dos sentimentos que estamos cultivando dentro de nós.
No entanto, o limite é tão tênue que,
infelizmente, já vi muitos que não souberam respeitá-los e acabaram destruindo
amizades, trabalhos, encontros, aprendizados, relacionamentos, histórias, vidas.
A vaidade, em algum momento, encontrou caminhos desconhecidos e estabeleceu seu
reinado. Atravessou sentimentos, ideais e crenças apenas para gritar e/ ou
ouvir: eu sou melhor!
Com toda certeza já devo também ter
escorregado por esse caminho. Mas que bom que sempre podemos refletir sobre as
nossas ações. Assim, já há algum tempo, acredito que o “tipo” de vaidade que eu
sempre defendi, pode e deve ser substituído por outros nomes: humildade e amor
próprio.
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