sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O melhor é poder esquecer


"A capacidade de esquecer é o que existe de mais precioso sobre a face da Terra, sob nossas faces. Amar é indubitavelmente mais magnânimo, mas não é tão essencial quanto o esquecimento: é ele que nos mantém vivos.

O amor torna a paisagem mais bonita, mas é o bálsamo curativo do esquecimento que nos faz ter vontade de abrir os olhos para vê-la.
A paixão empresta um sentido quase mítico aos dias, mas é esquecer a excruciante tristeza perante a morte dela que nos torna aptos a nos encantar novamente dali a pouco.
Já esqueci amores inesquecíveis e sobrevivi a paixões que, tinha convicção, me matariam se terminassem.
Às vezes, cruzo na rua com fantasmas que já foram bem vivos na minha história e não deixo de sentir uma certa melancolia por perceber que aquele rosto um dia pleno de significado se tornou tão relevante quanto um outdoor de pasta de dente.
Algumas pessoas simplesmente são apagadas da memória como filmes desimportantes. Sem maldade ou intenção, apenas esmaecem até desaparecer.
É mesmo impossível manter na memória da pele todos os que passaram por nós ou sermos mantidos por todos: gente demais, espaço de menos...
O passado deve ser mantido no lugar dele e não trazido nas costas feito mochila de viajante, lotada com os erros cometidos e alegrias jamais revividas.
Para ser feliz é necessário pouca coisa além de se livrar do excesso de carga e esquecer as coisas certas.
É útil também jamais perder de vista um detalhe, afixá-lo no espelho do banheiro, repeti-lo como um mantra: absolutamente nada é para sempre, nem mesmo os sentimentos que parecem ser (a vida seria um lago estagnado se só existisse o perene).
Nunca mais haverá amor como aquele?
Ótimo, porque o novo é tão imenso que seria um desperdício se algo se repetisse.
Todo mundo passa.
E é bom que seja assim".

Ailin Aleixo

Então é Natal!


Que neste ano, Deus nos ensine a Paz, e que estejamos todos prontos para ouvi-lo.
Que os nossos erros, não sejam o nosso fardo, mas a experiência para decisões melhores.
Que a religião, não seja razão para o ódio, mas para a união entre os homens.
Que as diferenças, não justifiquem problemas, mas que mostrem soluções diferentes.
Que no novo ano, a força seja das boas palavras, e que as palavras sejam ouvidas sempre.
Que o poder não derrube paredes sobre as pessoas, mas que destrua barreiras entre elas.
Que possa sonhar e repartir calor, carinhos...
E que não sejam incluídos apenas os amigos, mas também aqueles que nos dando tristezas, nos deram a oportunidade de sermos melhores.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011



"Resolvi ser feliz porque é melhor para a saúde."

Voltaire

E a palavra é aceitar


"Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na rua. No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ."

Fernanda Mello


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A beleza é mesmo tão fugaz...

"Foi muito lindo você ter vindo sempre sorrindo, dizendo que não tem de quê. Eu agradeço você ter me virado do avesso e ensinado a viver. Eu reconheço que não tem preço gente que gosta de gente assim feito você."

Vinicius de Moraes

O amor nunca morre



"O amor nunca morre de morte natural. Añais Nin estava certa. Morre porque o matamos ou o deixamos morrer. Morre envenenado pela angústia. Morre enforcado pelo abraço. Morre esfaqueado pelas costas. Morre eletrocutado pela sinceridade. Morre atropelado pela grosseria. Morre sufocado pela desavença. Mortes patéticas, cruéis, sem obituário e missa de sétimo dia. Mortes sem sangramento. Lavadas. Com os ossos e as lembranças deslocados. O amor não morre de velhice, em paz com a cama e com a fortuna dos dedos. Morre com um beijo dado sem ênfase. Um dia morno. Uma indiferença. Uma conversa surda. Morre porque queremos que morra. Decidimos que ele está morto. Facilitamos seu estremecimento. O amor não poderia morrer, ele não tem fim. Nós que criamos a despedida por não suportar sua longevidade. Por invejar que ele seja maior do que a nossa vida. O fim do amor não será suicídio. O amor é sempre homicídio. A boca estará estranhamente carregada. Repassei os olhos pelos meus namoros e casamentos. Permiti que o amor morresse. Eu o vi indo para o mar de noite e não socorri. Eu vi que ele poderia escorregar dos andares da memória e não apressei o corrimão. Não avisei o amor no primeiro sinal de fraqueza. No primeiro acidente. Aceitei que desmoronasse, não levantei as ruínas sobre o passado. Fui orgulhoso e não me arrependi. Meu orgulho não salvou ninguém. O orgulho não salva, o orgulho coleciona mortos. No mínimo, merecia ser incriminado por omissão. Mas talvez eu tenha matado meus amores. Seja um serial killer. Perigoso, silencioso, como todos os amantes, com aparência inofensiva de balconista. Fiz da dor uma alegria quando não restava alegria. Mato; não confesso e repito os rituais. Escondo o corpo dela em meu próprio corpo. Durmo suando frio e disfarço que foi um pesadelo. Desfaço as pistas e suspeitas assim que termino o relacionamento. Queimo o que fui. E recomeço, com a certeza de que não houve testemunhas. Mato porque não tolero o contraponto. A divergência. Mato porque ela conheceu meu lado escuro e estou envergonhado. Mato e mudo de personalidade, ao invés de conviver com minhas personalidades inacabadas e falhas. Mato porque aguardava o elogio e recebia de volta a verdade. O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar. O amor é a boca suja. O amor repetirá na cozinha o que foi contado em segredo no quarto. O amor vai abrir o assoalho, o porão proibido, fazer faxina em sua casa. Colocar fora o que precisava, reintegrar ao armário o que temia rever. O amor é sempre assassinado. Para confiarmos a nossa vida para outra pessoa, devemos saber o que fizemos antes com ela."

Fabrício Carpinejar

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Sempre você

"Havia algo que tinha um cheiro inconfundível de alegria. De vida abraçada.
De chuva quando beija a aridez.
De lua quando é cheia e o céu diz estrelas.
Um cheiro da paz risonha do encontro que é bom."

Ana Jácomo

Nosso destino: felicidade!


Que bom pegar a estrada, te ter ao meu lado e ouvir as nossas músicas preferidas. Uma pausa na nossa vida agitada, um tempinho bom e um convite às surpresas do caminho. A gente aproveita para conversar, para fofocar, para contemplar a nossa completude. Como é bom viver tantas coisas ao seu lado, tantas novidades, tanta verdade. É uma história nova, a nossa história, com a nossa cara e, exatamente como a gente sempre planejou e sonhou que fosse. Eu te admiro, sorrio para você e você faz o mesmo comigo. Dentro de mim tudo se transforma, tudo vira luz, amor e felicidade. E eu me pergunto: porque demorou tanto tempo para que nos enxergássemos assim? Instantaneamente, a resposta vem: porque não estávamos prontos para sermos tão felizes antes. Então, eu me conformo e agradeço a Deus. Agradeço por tudo e tenho a certeza de que cada momento ao seu lado é e sempre será inesquecível... 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Se puder sem medo...



Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás da porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava

Oswaldo Montenegro

Amo tudo em você

E eu sinto que sem você a minha vida fica completamente sem graça. Meus dias dependem das suas ligações, da sua voz, da sua companhia, dos seus beijos, dos seus abraços, do seu sorriso, do seu cheiro. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Surpresa boa



"Eu me preocupava bastante com o que queria ser quando crescesse, quanto ganharia ou se me tornaria alguém importante. Às vezes, as coisas que você mais quer, não acontecem. E às vezes, as coisas que jamais esperaria, acontecem."

"Você encontra milhares de pessoas e nenhuma delas te tocam, e então encontra uma pessoa, e sua vida muda. Pra sempre."

Do filme, O Amor e outras drogas.

Vamos lá!


Não tenha medo de viver! Não há certezas, apenas tentativas. Tudo depende do que você decide neste exato instante. Cada dia tem o seu segredo: delicioso, mágico. Medo é um atraso de vida. São transformações para o nosso crescimento pessoal, experiências para melhorarmos como indivíduos. Emoções, medo de gostar, medo de não dar certo, medo de aceitar desafios, medo de viver! Vale a pena deixar de aproveitar as oportunidades da vida, por puro medo? Pode acontecer de tentar e não dar certo? Sim, pois o futuro a Deus pertence. Mas se realmente você quer, deseja com a sua alma, arrisque! Não sinta culpa, pense em sua felicidade. Não importa a duração, e sim, a intensidade dos sentimentos. Prefira mil dias em um, do que um dia em mil. Programe-se para dar a virada na sua vida! Vale a pena deixar de aproveitar as oportunidades da vida, por puro medo? Pode acontecer.

Desconhecido

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Exigente, eu?



O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente.

Fernanda Young


Nem um pouco simples!



Dual, sou assim. Misturo meus anjos ao lado obscuro, vou fundo e me retraio. Tenho meus mistérios e saio, sempre sem deixar pistas... mas volto sempre se me interessar muito. Não gosto de nada pela metade, nem a minha laranja. Ou vem inteira ou não vem.

Amor só conheço o intenso, amei uma vez e fui muito amada, me enganei outra e continuo apostando. Nada de coração embalado à vácuo sem contato manual. Que peguem, amassem, acariciem, pisem em cima. Quero mais é me sentir viva, ainda que seja pela dor.
Prefiro me arrebentar toda, a sair ilesa, só não deixo de me atirar, nem mesmo agora que aprendi um pouco mais sobre a crueldade humana.

Tenho poucos e bons amigos. muitos conhecidos e outros tantos que nem conheço, mas sabem de mim. Minha fidelidade aos amigos é canina, aos namorados até que provem o contrário. Namorados são descartáveis, amigos não.

Sou sensível e emotiva, choro com alguma facilidade, mas quase sempre sozinha. Tenho dias de verborragia intensa e dependendo do motivo arraso ou amo com a intensidade das palavras. No entanto prefiro atitudes. Palavras o vento leva e a memória apaga. Gosto de me sentir "pertencida", mas não dominada ou forçada a isso. Gosto de ser livre, mas ter alguém nos pensamentos e sempre para onde voltar.

Gosto de estar só algumas vezes, sinto necessidade, não sou carente profissional. Tenho meu lado sombrio e outro tanto mais claro. Do lado sombrio poucos conhecem, outros intuem, mas todos respeitam.

Desconfio de pessoas que se dizem loucas de paixão, mas nunca ficaram horas debaixo de chuva esperando alguém, nem ligaram de madrugada para confessar os sonhos que a insônia traz ou deram o último biscoito recheado do pacote ou ligaram tantas e quantas vezes tiveram o telefone desligado na cara. Desconfio da sofreguidão mansa e do desespero calculado, de olhos secos ou lágrimas forçadas. Dissimulação essa mentira estudada.

O humor inteligente me ganha sempre, o bobo me afasta, o afetado nem conheço. Gosto de gente transparente, aberta, leve, verdadeira que me suaviza o necessário para não querer ir embora, que fala com os olhos, age com a boca e me leva pelas mãos a qualquer lugar onde eu já queria estar.

Andrea Augusto

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Agora e nunca mais



Estou te amando. Agora. Enquanto você me olha como há meses não olhava. Estou te amando ferozmente e com todas as minhas forças. Por esse tempo em que nossas pernas se encostam sob a mesa, eu te amo. E sou tua.

Enquanto nossos olhares se cruzam entre um lance e outro do jogo. Enquanto você nunca deixa meu copo de whisky ficar vazio. Enquanto você dá um jeito de tocar meu cabelo e meu rosto num quase sem querer, nossa, como eu te amo!

Te amo nessa noite. Por esse acaso de nos encontrarmos justo aqui. Por isso de você estar sozinho e eu também e decidirmos nos fazer companhias e torturas. Te amo porque seu perfume ainda é o mesmo e porque você me abraçou do mesmo jeito.

Amo loucamente cada gesto, cada palavra, as confissões tão cúmplices, o saber-se igual. Amo a necessidade que sinto de fixar meus olhos nos teus e o prazer de te ver rindo pra mim. Amo tudo. E tanto…

Amo agora como há muito não amava ninguém. Porque você tem isso de despertar em mim esses de repentes todos. Porque foi de repente que começamos e terminamos. Porque é de repente que eu às vezes morro de saudade.

Eu te faria juras de amor eterno. Mas não. Eu te amo agora. Mas nesse agora, eu te amo eternamente. E eu sei que você acredita, porque também é assim com você e porque vai ser sempre.

Enquanto o acaso me fizer esbarrar em você nesses contextos só nossos, eu vou ser tua e muito tua e só tua. Nessas noites longas que amanhecem e, olha só, a gente nem percebeu. Nessa coisa que pega e que eu não explico, mas que a gente entende.

E dá vontade de esticar esses hojes por amanhãs e depois e depois. Mas apesar do whisky nos fazer quase acreditar que seria possível, no fundo sabemos que é inviável. A vida andou. Pra você e pra mim. E nos levou pra lados opostos. Rumos diferentes. Somos hoje reféns dessas suspresas.

Bela surpresa. Depois da quinta saideira, não podemos mais adiar o fim.  Você me acompanha até o carro e me abraça e me beija e se demora. E a gente se enrola nesses carinhos porque é inevitável. E  já em casa eu adio o dormir pra guardar teu gosto. Evitando o amanhã. Porque nosso dia seguinte é sempre um nunca mais.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Os meus amigos de agora e de sempre



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

sábado, 10 de dezembro de 2011

Happy beginings



"...Eu poderia contar outras histórias, mais felizes e intensas, mas não valeriam à pena. Nós inflacionamos a felicidade. Ela está por aí, gasta, em propagandas de Campari, em outdoors de pasta de dentes, em livros, filmes, melodias e novelas das seis. Nenhuma felicidade real chega aos pés dessa que criamos. A única felicidade possível, acredito, é a promessa de felicidade. Já não há mais espaço para happy ends. Só para happy beginings. Esse é o meu..."

Antônio Prata

Passado


Não importa quantos erros, descompassos, projetos preteridos, corpos suados em nossa cama tenham acontecido. Não importa se ele foi triste, monótomo ou irrealmente agitado. Não importa o montante de dinheiro ganho e gasto inutilmente. Quando se ama alguém, inclusive a si mesmo, e se aceita outra pessoa fazendo parte do seu cotidiano e escrevendo a quatro mãos o diário imaginário da vida, aceita-se também a história pregressa, tudo o que não presenciamos, de que temos ciúmes ou raiva. Tudo que é alheio a nós.

O passado, em cada ínfimo detalhe, é o responsável por quem somos hoje--- e se existe amor nesse instante é porque esse alguém trilhou por cada passo sórdido ou sem importância de sua biografia. É porque esse alguém existe e já existia antes de entrar em sua vida. Antes de você entrar na vida dela—-- e como é duro admitir, no alto Vôo de nosso egocentrismo, que somos preteríveis, substituíveis. Que a primavera não vai atrasar nem o céu desabar no momento do nosso distanciamento.

É difícil lidar com o passado de quem amamos porque é então que enxergamos com crueza a relatividade de nossa importância, notamos que o amor hoje dedicado a nós já pertenceu a outros.

O passado é sagrado e deve ser tratado com respeito e com um distanciamento cordial para não cairmos no poço fundo da nostalgia.

O passado é a única coisa que realmente nos pertence.

Ailin Aleixo



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Eu quero ser sua...



Brincar entre estrelas... Pular nuvens...
Cuidar dos seus sonhos feito jóias raras...
Aventurar-me no tobogã das suas emoções...
Deliciar-me na roda gigante do nosso amor.
Amar o teu corpo e cativar a sua alma...
Contar a nossa história em versos...
E cantar a nossa paixão em prosa.

Lígia Guerra 

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O avesso certo



E quando você menos espera a vida te vira do Av3sso...
E você descobre que o Av3sso é o seu lado certo!

Lígia Guerra

Consideração


Já tinha um mês e resolvi ir nessa festa com cara de festa que você vai. Toda pessoa de cabelo cheio que entrava eu achava que era você. Assim como acho quando estou na rua, no supermercado, na fila do cinema, dormindo. Virei uma caçadora de pessoas cacheadas. Virei uma caçadora de você em todas as pessoas. Então você chegou na festa. E eu apenas sorri e sorri e sorri. Porque era isso. Eu queria te ver apenas. A dor numa caixinha embaixo dos meus pés e eu mais alta pra poder te abraçar sem dor, perto da sua nuca e por um segundo.Eu te acho bonito de formas tão variadas e profundas e insuportáveis. Eu vejo você parecendo um leãozinho no fundo da festa. Suando e analisando. O rei escondido escolhendo a presa que não vai atacar. Com sua eterna tristeza cheia de piadas afiadas. Suas facas afiadas de graças para defender as tristezas que nadam baixas nos seus olhos de quem não quer fazer mal. Mas faz. Seus olhos. Em volta um riozinho melancólico e no centro o sol feliz e novinho chegando. E tudo isso vem forte como um soco de buquê de flores de aço no meu estômago. E eu quero ir até você e te dizer que eu sei que você desmaia quando faz exame de sangue. E como eu gosto de você por isso. E como eu queria tirar todo meu sangue em pé pra você jamais cair. E como eu gosto de você por causa do e-mail que você mandou pro seu amigo com problemas. Como gosto quando você lembra de alguém e precisa demonstrar naquela hora porque tem medo da frieza das suas distrações. Suas listas de culturas e atenções.Os vasinhos. Os vasinhos coloridos da cozinha me matam. A história do milagre que te salvou da queda da estante. Você arrepiado falando em anjos. Essas suas delicadezas em detalhes dormem e acordam comigo. Acariciam e perfuram meu peito vinte e quatro horas por dia. Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular.O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.

Tati Bernardi

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tem dias



"...tem dia que põe virgula, tem dia que põe reticências, tem dia que põe ponto final e tem dia que tem a necessidade de virar a página, o tempo todo nós fazemos a experiência de escrever a vida que somos nós, e o mais bonito: nós temos o direito de escolher como vamos pontuar esse texto, porque Deus trabalha o tempo todo no nosso coração assim, para que a gente aprenda a escrever, para que não venha ninguém escrever por nós e mesmo que alguém passe pela nossa vida, que apenas deixe detalhes no seu texto porque o autor é você, e o mais bonito é que tudo está sendo inspirado por Ele..."

(Padre Fábio de Melo)

Só se for assim

"Se não for pra ser bom, gostoso, romântico, carinhoso, divertido, presente, construtivo. Enfim, se não for pra ser amor, nem me dê bom dia."

(Tati Bernardi)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Nossos limites (inspirado no filme Amanhecer)


É fato que sou apaixonada pela saga Crepúsculo. Não pela história de amor sobrenatural entre uma humana e um vampiro, mas sim pela profundidade do sentimento, que parece ser maior do que qualquer coisa. É daquelas coisas que a gente sonha e fica na dúvida se pode ser realidade ou não; que deseja, mas não sabe se deve; que parece coisa de cinema, mas que, ao mesmo tempo, parece tão próximo da gente. Amanhecer, o penúltimo filme da saga, me deixou com o coração apertado e me fez pensar em qual o nosso limite para as coisas do amor. Na verdade, há limite ou não? O que somos capazes de fazer, pensar, sentir, querer quando acreditamos amar alguém verdadeiramente? Cheguei à conclusão que nós desconhecemos os nossos próprios limites e que apenas diante da situação concreta conseguimos ter noção do quanto o amor pode nos mover. É como se esse sentimento tomasse conta de nós e nos desse força, coragem, resignação, humildade e uma sério de “super poderes”. Assim, colocamos a nossa capa e nos tornamos gigantes, tal qual super heróis para vencer e conseguir qualquer coisa. É assim que Jacob consegue, mesmo sem ter seu amor correspondido por Bella, protegê-la e cuidá-la acima de qualquer coisa. É assim que Bella decide, mesmo colocando sua vida em risco, preservar o fruto do seu amor com Edward. É uma mistura constante de amor e dor, de certeza e dúvida, de medo e esperança. Isso pode ser ficção, mas pode ser também realidade. Quantos de nós já sofremos, choramos, caímos, tomamos o caminho errado, demos nossa cara à tapa, simplesmente por acreditarmos que por amor valia à pena? Ou porque acreditávamos que nossa história era diferente e única e que, por isso, merecia qualquer esforço? Acho que hoje sou mais racional com tudo isso. O amor, definitivamente, não perdeu a magia e nem o encantamento, mas com certeza, não dá mais para agir como se não houvesse limites. Nem todo amor precisa de sofrimento, de dor, de angústia, de dúvida para comprovar que é amor. Acho que amor tem muito mais a ver o que Edward diz no começo do filme: 

"É uma coisa extraordinária quando conhecemos alguém com quem podemos dividir a nossa alma, que nos aceita como somos. Eu tenho tentado pelo o que parece um tempo muito longo superar o que eu sou e com a Bella sinto que finalmente posso começar. Eu gostaria de propor um brinde a minha linda esposa. Nenhum espaço de tempo com você seria suficiente, então comecemos com o para sempre."


sábado, 3 de dezembro de 2011

Quando a gente ama de verdade

a gente se sente completo, feliz e de bem com a vida. A gente quer que dure para sempre. A gente tem medo de algo aconteça.



Sou quem sou


Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é.

Fernanda Mello.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Minha casa

_ Eu vou morar em você...
_ Em mim? Mas essa casa precisa de tantas reformas!
_ Mas enquanto você dormia eu fiz um “puxadinho” aí dentro!
_ E a gente vai viver de quê?
_ De arredondar palavras...

( Mais tarde, deitada em cima das costas dele):
_ O que você está fazendo aí em cima ???
_ Estou tomando sol na laje!

(Marla Queiroz)



Meu coração é seu...


... e todo resto também.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O amigo tempo!

Algumas pessoas tem o dom de escrever aquilo que, na maioria das vezes, é tudo que precisamos ouvir ou que queremos dizer.


Vale à pena assistir!


....Em algum momento, tudo isso vai passar. E nesse caso, quando o furacão for embora, ele não deixará destroços, como se nada tivesse acontecido. Você vai recuperar suas noites de sono. Vai se sentir revigorado, vai tá feliz consigo mesmo, vai levantar sua auto-estima. Você vai tá pronto pra entregar seu coração à outra pessoa, mesmo correndo o risco de parti-lo em mil pedaços novamente, porque o amor... sempre vale a pena!