quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Colado, não significa inteiro

Quando alguém te machuca, algo se quebra, tal qual um jarro de vidro quando cai no chão. O tempo, as pessoas mudam, a vida toma outros rumos e, assim, chega uma hora que a gente acaba tentando juntar os pedacinhos que ficaram espalhados no chão, no canto na casa e até os que estão embaixo do tapete. Feito um aspirador de pó, a gente passa horas, dias e talvez meses recolhendo delicadamente cada "caco". Nos esforçamos para não deixar nada para traz e, por alguns instantes, acreditamos que a cola, a fita adesiva, e a nossa vontade é o suficiente para deixar tudo como antes. Apesar disso, depois que terminamos o trabalho de colar, juntar, grudar percebemos que até a forma é outra. O rancor, a raiva, a mágoa, a tristeza e todos aqueles sentimentos momentâneos, provavelmente, passaram e ficaram em algum lugar do passado, no entanto, as cicatrizes ficaram lá. O vaso foi colado, pode ser utilizado novamente, mas nunca será o mesmo vaso.

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