quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dessas coisas



Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.

Caio Fernando Abreu

É assim!


terça-feira, 29 de novembro de 2011

No lugar errado, na hora errada



Não raras as vezes estamos no lugar errado, na hora errada. Tudo acontece exatamente ao contrário do que planejávamos, e aí haja paciência e sabedoria para lidar com as consequências. No entanto, nessas circunstâncias, é incrível como eu consigo, quase que ao mesmo tempo, encontrar quem não me faz bem, ouvir insinuações que não me interessam, discutir com alguém sem razão plausível e, provavelmente, ficar incomunicável por meu celular ter ficado sem bateria. Então, quando eu percebo que estou à beira do precipício eu, felizmente, me lembro:   

“Não se pode ficar irritado com outro piloto por um incidente na pista. Só podemos ficar irritados conosco por estarmos no lugar errado, na hora errada.” 

A arte de correr na chuva – Garth Stein

E eu quero

todo dia fazer da nossa história uma nova história: mais feliz e mais apaixonada.


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Já ouvi e já li...

diversas definições para a palavra anjo, mas nunca nenhuma delas pareceu ser suficientemente completa. Só você como seu olhar sincero, com sua voz doce, com seu sorriso aberto e com suas asas que podem me levar a qualquer lugar eu consegui compreender o que é ser um anjo. Obrigada por cuidar de mim, por ser meu amparo, meu abrigo, meu amigo, meu anjo.


Aquele tipo de mulher...



Eu sou aquela mulher
a quem o tempo
muito ensinou.
Ensinou a amar a vida,
Não desistir da luta.
Recomeçar na derrota.
Renunciar a palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos.
Ser otimista.

Creio numa força imanente
que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa
de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana.
Creio na superação dos erros
e angústias do presente.

Acredito nos moços.
Exalto sua confiança,
generosidade e idealismo.
Creio nos milagres da ciência
e na descoberta de uma profilaxia
futura dos erros e violências
do presente.

Aprendi que mais vale lutar
do que recolher dinheiro fácil.
Antes acreditar do que duvidar.

Cora Coralina

domingo, 27 de novembro de 2011

Uma mulher é mais que uma mulher, é utopia real



Bobo é homem, que vê em uma mulher, só peito, bunda, barriga e panturrilha.
Uma mulher é mais que isso, é mais que poesia!
Bobo é o homem que vê em uma mulher, um despejo de espermas desesperados.
Uma mulher é mais que isso, é um filme francês não legendado.
Bobo é o homem que vê em uma mulher, um carro alegórico para desfilar seu poder.
Uma mulher é mais que isso, é um carnaval inteiro sem quarta-feira de cinzas.
Bobo é o homem que vê em uma mulher, sua criada.
Uma mulher é mais que isso, um palácio inteiro, e já tem mais de mil potenciais criados.
Bobo é o homem que tenta comprar uma mulher.
Uma mulher é mais que isso, mulher não se compra, porque mulher não tem preço.
Bobo é o homem que pensa que engana uma mulher.
Uma mulher é mais que isso, é o próprio segredo.
Bobo é o homem que não conquista uma mulher.
Uma mulher é mais que isso, mais do que uma conquista, é a felicidade em carne e osso.
Bobo é o homem que não assume uma mulher.
Uma mulher é mais que isso, é seu porto seguro, sua âncora, em momentos tristes e felizes.
Bobo é o homem que é bobo.
Uma mulher é mais que uma mulher, é utopia real.

sábado, 26 de novembro de 2011

Cuidando do coração



Há momentos em que tudo o que a gente precisa é dar colo para o próprio coração. Aconchegá-lo. Deixar que perceba que naquele instante todas as outras coisas podem nos esperar um pouco; ele, não. Ele é o nosso rei e o nosso reino. O papel para desenho e a caixa de lápis de cor. A música e a orquestra. Nossa bússola e nosso mar. A flor, o pólen, a borboleta, ao mesmo tempo. A colméia e o mel. O centro onde tudo principia e para o qual tudo converge. Ele não pode esperar.

O coração da gente gosta de atenção. De cuidados cotidianos. De mimos repentinos. De ser alimentado com iguarias finas, como a beleza, o riso, o afeto. Gosta quando espalhamos os seus brinquedos no chão e sentamos com ele para brincar. E há momentos em que tudo o que ele precisa é que preparemos banhos de imersão na quietude para lavarmos, uma a uma, as partes que lhe doem. É que o levemos para revisitar, na memória, instantes ensolarados de amor capazes de ajudá-lo a mudar a frequência do sentimento. Há momentos em que tudo o que precisa é que reservemos algum tempo a sós com ele para desapertá-lo com toda a delicadeza possível.


Ana Jácomo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Take care


"Cuidado com (...) aqueles que pregam amor e não têm amor. Cuidado com os pregadores, cuidado com os sabedores. Cuidado com aqueles que detestam pobreza ou que são orgulhosos dela. Cuidado com aqueles que elogiam fácil, porque eles precisam de elogios de volta. Cuidado com aqueles que censuram fácil, eles têm medo daquilo que não conhecem. Cuidado com aqueles que procuram constantes multidões, eles não são nada sozinhos. Cuidado com o homem comum, com a mulher comum, cuidado com o amor deles. O amor deles é comum, procura o comum, mas há genialidade em seu ódio, há bastante genialidade em seu ódio para matar você, para matar qualquer um. Sem esperar solidão, sem entender solidão eles tentarão destruir qualquer coisa que seja diferente deles mesmos."

Charles Bukowski


Agora não falta mais nada...



Eu tenho você e você tem a mim.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Simplesmente



"Amar sem saber exatamente o que vai acontecer, amanhã, daqui a meia hora... sem apegos, sem temporalidade... sem saber se te amam, sem querer saber. Ainda amo, sem tempo, sem data, sem expectativas, simplesmente amo."

Jane Izar

Eu eu ainda me assusto,

com as suas palavras e declarações que, de certa forma, não se parecem com você e nem comigo. Estranho pensar que a gente não conhece quem pensa que conhece. Pra mim era mais conto de fadas e mais sensibilidade, mais amor e mais cuidado, enquanto pra você parece ter sido mais paixão e toque, mais envolvimento e desejo. 

Então, me enganei!



Foi quando eu disse que te esqueceria rápido foi que eu cometi o maior dos meus equívocos. O processo anda não só estagnado como também torna-se cada dia mais doloroso. Eu realmente achei que as nossas diferenças bastariam para eu me convencer que a atual situação é a certa. Cada um por si, ou nós por tantos outros. Que tolice a minha ter me permitido errar. Agora a cada gole d'água, mudança de temperatura ou rua atravessada, a incessante dor da tua ausência. Você nunca imaginou que faria tão mal a alguém por querer tão bem, não é? É difícil conhecer tão a fundo céu e inferno em período tão curto. A sua passagem por aqui durou o tempo necessário para me oferecer o mais doce gosto e depois me deixar chupando gelos. Você foi feito férias. E mesmo com tanta lição aprendida sobre relacionamentos e dar valor, hoje eu preferia não saber nem mais escrever o meu nome. Eu trocaria todo o conteúdo adquirido por só saber mais uma vez que o teu corpo tem o peso exato sobre o meu. Pra ter mais uma chance de decorar todos os teus 100 sorrisos. Pra entrar pela vigésima vez na tua vida e causar novos estragos. Pra te firmar que eu não presto mesmo, que sou de fato uma louca, mas que preciso comigo do teu juízo. Porque indiscutivelmente não faz o menor sentido entender tanto do amor se não for pra oferecer a você. Se não for em devoção a você. Hoje eu já não sei mais se atormento os teus pensamentos, mas isso era tudo o que eu mais queria. Ser em uma só identidade sonho e pesadelo. Não me fale de ciúmes, prazeres e afetividade, se são sentimentos que só existem a partir de você. Entende agora o meu desespero? É como se eu me anulasse. Eu deixo de existir para o que há de melhor. E o que um dia foi minha culpa agora se volta contra você, que se nega ao amor por orgulhos. Parabéns, você acaba de matar um coração!

Fernanda Gava

Cansei de tentar.

Cansei de tentar te convencer que desse jeito não dá. Estou cansada de tentar explicar o que você não compreende ou parecer não compreender. Esse passado nos faz mal demais para continuarmos fazendo dele esse presente sombrio. Estou exausta de alimentar um conjunto de sentimentos ruins que só me fazem infeliz e me enchem de desesperança. Não quero mais imaginar o quanto você pode ser melhor com os outros e não pode e nem pôde sê-lo comigo seja lá por qual motivo for. Estou sendo egoísta? Talvez, mas isso já não me importa mais. Me importa muito mais seguir e continuar a viver tentando fazer com que tudo isso se torne menos pesado dentro de mim.

Dos dois lados da mesma história



Toda história tem dois lados. E este é o meu:

A verdade é que eu fiz uma grande merda. E, como todo mundo sabe, grandes merdas fazem a gente perder grandes pessoas. E a verdade também é que você é a maior pessoa na minha vida. Que eu perdi por uma merda do tamanho da minha burrice. E que você nunca imaginou que eu fosse capaz de fazer o que eu fiz. E eu nunca imaginei que fosse te perder um dia. Nunca.

Não é fácil achar gente do bem por aí. Que virava o mundo de cabeça pra baixo e se virava em mil pra ficar comigo. Mesmo sem eu dar nenhuma prova de que eu te amava o mesmo tanto que você me amava. De que o nosso amor era sério pra mim. Mas eu te achei. No meio de um monte de gente vazia e sem graça, eu te achei. E nunca – nunca – imaginei que fosse me ver sem você.

Tenho sentido um frio absurdo. Como se me faltasse um cobertor numa noite fria. Mas, na verdade, me falta você. Tenho passado minhas noites em claro pensando em uma forma de voltar no tempo. Porque, juro, se eu pudesse voltar atrás, faria tudo diferente. Nunca quis te magoar. Nunca quis fazer tão mal pra alguém que me faz tão bem. Que já é parte de mim.

Me falta você nessas noites frias. Falta você embaixo do meu edredom de bolinhas. Falta você com esse cheiro mais doce do mundo. Com seu olhar de menino. Com essa cara de bom moço que chegou e me convenceu. Falta em mim o seu cheiro de biscoito Passatempo (não era isso que você me dizia?). Falta sua respiração no meio da noite. Falta o mundo. Me falta o chão sem você.

Não quero que você entenda o que eu fiz. Porque o que eu fiz não tem explicação. Não estou querendo me justificar, nem explicar o inexplicável. Não estou te pedindo desculpas. Só queria que você visse o meu lado. Porque, por mais incrível que possa parecer, não está sendo fácil pra mim também. Estou pagando o preço justo pelo crime que cometi. Por trair a sua confiança. Mesmo assim, não consigo suportar a dor que é viver sem você. Estou sendo castigada com a solidão.

Só queria terminar este texto dizendo que ainda te amo. E que, por mais que você me odeie agora, sei que, quando a raiva passar, você vai perceber que nunca deixou de me amar. Ou, como já disse Martha Medeiros: o contrário do amor não é o ódio. O contrário do amor é a indiferença. E vai demorar pelo menos sete vidas pra você conseguir ser indiferente a mim. E, da minha parte, posso te garantir: nunca vou te esquecer. Nem depois de sete vidas. Por hoje, sei que te perdi. Mas a nossa história não termina aqui. A gente ainda tem uma vida inteira pra viver e você vai voltar. É a única certeza que eu tenho. Porque um amor assim não termina antes do final da história. E a nossa história está só começando.

Brena Braz

terça-feira, 22 de novembro de 2011

E só você é capaz de me entender

Só você pode e consegue compreender que eu sou feita de açúcar e mel. 
Que sou doce, sensível, cheia de delicadezas e romantismo.
Que eu choro quando me emociono e que as lágrimas, também, me ajudam a desabafar.
Que eu sofro com os meus erros e me cobro demasiadamente demais.
Que eu sonho, danço, converso, canto, escrevo e vivo.
Que, às vezes, estremeço, entro crise, dou chilique, abro a porta para a angústia.
Que eu tenho medo do que não tenho controle e que seu abraço me protege.


É... só você tem o remédio para todos os meus "Eus".


Eu até procuro,



mas não encontro nada que não me lembre você.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Eu sou ridícula! E daí?


Até quando vamos ficar nos policiando, policiando nossas atitudes, nossas palavras, nossas posturas? Dar um bom dia sincero a um desconhecido faz bem pra você, e para ele também. Dizer que você ama, a quem você ama é muito bom, sabia? E admitir que sente saudades também. Demonstre não ter uma pedra no lugar do coração. Nós humanos globalizados e capitalistas somos babacas ao cubo. Ficamos ligados nesse lance de status, de grana, de aparência, de sociedade, de exterior. Não me chame de hipócrita caso você conheça algum cara que eu já me relacionei, eu sei melhor que você que eles possuem exatamente tudo que eu citei acima. Eu concordo com o nosso poeta de "que me desculpem as feias, mas beleza é fundamental", mas o belo não é só o que está por cima, o que está por baixo também. O que está por baixo das máscaras que usamos todos os dias, o que está por baixo da roupa, o que está por baixo da pele, o que está por baixo de qualquer coisa que possamos apalpar ou visualizar. Ressaltar todas essas coisas seriam ridículas, né? Hoje é considerado ridículo sofrer por alguém, ligar chorando, se emocionar com uma despedida, perder o sono porque a saudade não te deixa descansar. Mas eu sei a lista top três que vocês consideram ridículo. Com a medalha de bronze vos apresento o "necessitar alguém para dividir a vida". A medalha de prata fica para as "pessoas que abrem mão da carreira profissional por um tempo, para se dedicar à família". E a tão esperada, medalha de ouro vai para... Tcham, tcham, tcham... para ele! "O perdão"! Admitir que errou e pedir uma segunda chance.

Bruna Solar.

sábado, 19 de novembro de 2011

Escutar é uma arte e faz bem


"O que as pessoas mais desejam é alguém que as escute de maneira calma e tranquila. Em silêncio. Sem dar conselhos. Sem que digam: "Se eu fosse você". A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito. A fala só é bonita quando ela nasce de uma longa e silenciosa escuta. É na escuta que o amor começa. E é na não-escuta que ele termina. Não aprendi isso nos livros. Aprendi prestando atenção."

(Rubem Alves)


Há coisas que não se pede


“Uma pessoa só se torna grande se ela se faz pequena para se tornar grande dentro de quem ama. Jamais peça para alguém amá-lo. Jamais peça para alguém admirá-lo. Amor, admiração, bem como respeito, são construídos sem pressão, no solo insubstituível da liberdade. São frutos de imagens construídas nas janelas mais íntimas do inconsciente.”

(Augusto Cury – O Código da Inteligência)


Eu te amo, eu confio em você!


Aqueles que mais nos amam, são os mesmos que depositam toda a sua confiança na gente. Amar é confiar!

(Luzia Trindade)


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Há tanta coisa que a gente não entende

É engraçado como alguém pode partir o seu coração.. e você ainda amá-lo com todos os pedaços partidos.

Caio F.

Hoje eu sonhei com você,


e tudo foi tão lindo! Tão lindo quanto perfeito, assim como os momentos que passamos juntos. A gente se olhava, sorriamos de orelha a orelha, brincávamos feito crianças e falávamos de coisas agradáveis. Você me pegou no colo e eu senti a emoção de voar, feito pássaro que quando aprende a voar. Então, você me beijou e nos perdemos por entre as juras de amor. Só teve uma coisa que eu, definitivamente, detestei: acordar e não te ter por perto. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Disse tudo


"Entre as diversas formas de mendicância a mais humilhante é a do amor implorado."



Drummond

Eu te amo!


Disso eu tenho certeza absoluta!

Ele não sabe


"Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria. "


Marla de Queiroz

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Saudade é grave


Não sei que inventou a saudade, mas acho que quem a fez nunca deveria ter criado algo tão ruim! Saudade não tem a menor graça, não é bonita, não tem o gosto bom e nem é multicolorida. Saudade causa tristeza, angústia, mal estar e dor aguda. Saudade tem cara de bicho papão, não combina com nada e dá dor de cabeça. Saudade não é doce como sua companhia, é amarga, é enjoativa. Saudade é preta e branca, ou pode ser só preta. Saudade é algo grave demais para suportarmos, afinal, não raramente, morremos de saudade. Ainda bem que eu voltei à tempo.

Eu canto quando,

A garganta está presa por um nó e eu não consigo formular nenhuma palavra eu canto;
A tristeza me invade, quando meu coração está em lágrimas e meu chão parece trêmulo;
Estou feliz, quando eu estou admirando a vida, quando eu cumprimento o sol que me dá bom dia durante a manhã;
Eu sinto o seu perfume colado em mim, quando eu sinto a sua falta, quando eu morro de saudade;
Eu me lembro de você, dos nossos momentos, do nosso amor, da nossa vida, dos nossos sonhos;
O medo bate à minha porta, quando eu não enxergo o caminho certo, quando brigo comiga mesma;
Eu estou em prece, quando eu busco a paz, quando eu quero distância de tudo o que é ruim nessa vida,
Um vontade imensa me invade, quando eu me deixo levar pela canção e mesmo que os outros não me confundam minha voz com alguma famosa qualquer.



Eu acredito e desacredito


Eu adoraria entender o verdadeiro sentido e valor das palavras para as outras pessoas. Após o término de uma conversa em que tudo parecia esclarecido, as atitudes que sucedem são simplesmente contrárias às palavras... É estranho, triste, incorreto, sem verdade ou sei lá o que. Já não sei no que acreditar, já que a realidade que eu vejo é tão diferente da que eu ouço. Não acredito que seja possível sermos duas pessoas ao mesmo tempo, como também é impossível para mim que existam duas verdades ou meia verdade. Num instante eu acredito e logo em seguida eu desacredito. Se tudo é tão simples como parece ser, não entendo porque ainda permanecemos como se fossemos indiferentes ou que estamos em constante guerra pelos erros alheios. Gostaria que tudo se resolvesse e que, mesmo sendo impossível apagar o passado, eu pudesse retornar a fazer tudo aquilo que eu gosto, mas que não posso realizar sozinha.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cuidando das relações



Ouvi alguém dizer que havia completado cinquenta anos e que estava feliz por envelhecer. Perguntei o que tornava esse um momento feliz. A resposta foi simples: viveu mais que muitos amigos dele. Insisti mais um pouco para saber se tinha mais alguma razão que justificasse tamanha felicidade. Ele diz que está com saúde, tem trabalho e viveu mais que alguns amigos. Ficou claro para mim que o importante é ele estar bem. Também acho que isso é importante. Mas, e o resto do mundo? E as suas relações? Fui tomada por um desconfortável vazio. Definitivamente, esses não seriam meus critérios para definir um feliz envelhecer. Claro que é bom ter saúde, trabalho e uma vida longa. Mas, para que serve tudo isso se eu não tiver cuidado das minhas relações? O cuidar não apenas de si, mas também do outro e do nós. Acredito que a busca pelo tal "envelhecer feliz" deve incluir a busca pela integração das dimensões física, mental, espiritual e tantas outras mais que se considere importante para alcançar uma certa harmonia no viver. Não me imagino velha e feliz só porque tenho saúde, trabalho e sobrevivi mais que alguns. Deve ser bom também envelhecer acompanhada por alguns. Cuidando e sentindo-se cuidado por si e pelo outro. Deve ser bom dormir sem angústia pela culpa, ter a alma plena de gratidão pelo amor dado e recebido, ter alguém que segure sua mão na dor, que ria com você e de você, alguém que te faça bem. De que adianta ter saúde, trabalho e viver muito se você é um colecionador de desafetos, se não consegue ser grato pelo tempo que o outro dedicou a você, se não consegue perdoar, se não vê a beleza que é a vida de uma outra pessoa, esse outro ser, outro mundo, um outro universo? Quero envelhecer assim: tendo relações onde eu possa viver o meu melhor e o outro também. O resto vem como bônus.

Nane

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O amor...


O amor desbasta o ego. Enxuga excessos. Delata as mínguas. Transforma as mágoas. Destrona arrogâncias e idealizações. Desmancha certezas e tece oportunidades. Bagunça a autoimagem todinha, piedade zero, culpa nenhuma. O amor percorre territórios devastados da alma com a calma necessária para reflorestar um a um. Dissolve neblinas. Revela o sol. Destece máscaras. Reinaugura a humildade. Faz ventar. Faz chorar. Faz sorrir. Faz tempestade um monte de vezes pra dizer também céu azul um monte de vezes depois.

O amor nos ensina a simplificar perdões porque nos humaniza e nos lembra o quanto precisamos ser igualmente perdoados por tanta coisa, tanta gente, a começar por nós mesmos. Ele dispensa julgamentos porque abraça virtudes e limitações. Ele nos aproxima do nosso tamanho e  nos recorda quem somos. O amor nos revista, inteiros, pra retirar relógios, calculadoras, roteiros, estratégias, controles, defesas; não raro, escondidíssimos. Diz nas sutilezas. Diz preciosidades que, mesmo às vezes bem baixinho, conseguimos ouvir e reconhecer, por mais cético e assustado que tenha se tornado o nosso coração.

O amor nos molda a cada movimento também para a liberdade de acolher o imprevisível, o inimaginável, o inevitável, o aprazível. Para querer ser e querer sinceramente que os outros também sejam. Ele nos torna mais sensíveis à alegria e à dor de toda gente, inclusive, principalmente, às nossas. Faz com que a gente se sinta parte da família humana. Conta que aquilo que procuramos, amiúde, num mundaréu de lugares, esteve o tempo todo, primeiro disponível, onde raramente buscamos. Reinventa-nos para nos tornar mais parecidos com nós mesmos, o máximo possível a cada instante. Dia após dia da nossa prática. Com medo e tudo. Com propósito e também com carinho. Devagarinho

Ana Jácomo


Amo viver!



"Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional." 
 
(Agatha Christie)

domingo, 13 de novembro de 2011

Fazendo as malas


Adoro fazer as malas e colocar o pé na estrada, desde que isso não signifique ficar longe de você. Não gosto nem da ideia de passar algum tempo sem você, sem a sua companhia, sem  a sua presença, sem ouvir sua voz, sem te dar um abraço, sem te dar um beijo de boa noite. O grande problema é que nem sempre podemos controlar todas as situações e a vida acaba nos impondo uma separação momentânea. Ah como eu daria tudo para te colocar confortavelmente na mala junto com todas as minhas coisas quando eu tenho que ir sem você. Dessa situação só consigo enxergar um ponto positivo: tenho certeza que já não sei viver sem você!

sábado, 12 de novembro de 2011

De novo e de novo

"Não há paisagem que seja mais linda do que o rosto do seu amor. Não há pôr-do-sol que valha desviar seu olhar do dela. Eu te amo. Eu também te amo. Eu te amo mais. Impossível. Eu te amo o mundo. Eu te amo o universo. Te amo tudo aquilo que não conhecemos. E eu te amo antes que tudo o que nós não conhecemos existisse. Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo mais do que a mim. Já conheço os passos dessa estrada, e mesmo assim, estarei sempre pronto para esquecer aqueles que me levaram a um abismo. E mais uma vez amarei. E mais uma vez direi que nunca amei tanto em toda a minha vida."


(Fernanda Young)


O sacrifício de amar


"A experiência amorosa exige sacrifício. Não se ama para ser recompensado. O amor é sua própria recompensa. (...) É a experiência humana mais exigente; não é contrato, troca de favores, investimento, é entrega e compromisso. Do ‘sacrifício’ de amar nasce a mais perfeita alegria. Ninguém faz cara feia quando se sacrifica por amor. Não se trata de anulação, subserviência de quem ama, trata-se da morte do ego, tarefa a ser feita até o último suspiro."

(Adélia Prado)


Contabilizando


"As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: "Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado..." elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: "Vi uma casa de seiscentos contos". Então elas exclamam: "Que beleza!"

(Antoine de Saint-Exupéry)


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pra Recomeçar


"Mas nem sempre é necessário tornar-se forte.
Temos que respeitar a nossa fraqueza.
Então, são lágrimas suaves,
de uma tristeza legítima à qual temos direito.
Elas correm devagar e quando passam pelos lábios sente-se aquele gosto salgado, límpido, produto de nossa dor mais profunda."

Clarice Lispector



Viver não combina com monotonia



"Tem muita gente que se distrai e é feliz pra sempre, sem conhecer as delícias de ser feliz por uns meses, depois infeliz por uns dias... Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode ser monótono. Mesmo fazendo escolhas aparentemente definitivas, ainda assim podemos excursionar por dentro de nós mesmos e descobrir lugares desabitados em que nunca colocamos os pés, nem mesmo em imaginação. E, estando lá, rever nossas escolhas e recalcular a duração de "pra sempre". Muitas vezes o "pra sempre" não dura tanto quanto duram nossa teimosia e receio de mudar."

Martha Medeiros


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estou num estado agudo de felicidade


"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas.
É tão silencioso.
Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois?
Dificílimo contar.
Olhei para você fixamente por uns instantes.
Tais momentos são meu segredo.
Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."

Clarice Lispector


Café do amor


Engraçado como ultimamente tudo me lembra você! Eu estava na cozinha tentando me distrair um pouco, tentando desligar a minha mente por alguns instantes e simplesmente esquecer as tantas coisas que tenho para resolver ainda hoje. Eu peguei a minha xícara favorita e fui colocar o meu café. Bastou apenas isso para pensar em você. Bastou ver o café na xícara para lembrar que você, assim como eu, gosta de café forte e com pouco açúcar. Acho que estive em transe por um minuto e fui te encontrar por aí. Dá pra largar tudo e vir tomar café comigo?

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Será que sim, será talvez


Se nem eu mesma sei o que sinto, que dirá os outros. Esse amor acabado, ou sei lá que nome tem, já deveria ter passado, assim como passam todas as coisas que não fazem parte do presente feliz. "Quem vive de passado é museu"!, eu sei, é fato! Mas, para certas coisas parece ser impossível a escolha de viver só de presente. Eu QUERO fazer essa escolha, mas eu consigo? Claro que sim! A maioria das pessoas conseguem (parece loucura, mas tenho o hábito de falar comigo mesma, afinal às vezes me dou bons conselhos). Não sei o que falta fazer para me livrar das lembranças, do sentimento, da dúvida, da confusão e de toda essa bagagem que faz parte de mim, mas que me incomoda tanto. Era para estar resolvido, mas será que não está?!

Quando eu te encontrar


"Eles se amam, todo mundo sabe. Mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossível. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada, e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo, até quando a vontade de estar com o outro, for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um, tem um pedaço do outro.
E mesmo sorrindo por aí, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram, e nunca mais serão os mesmos.
É fácil porque os dias passam rápidos demais, é difícil porque o sentimento fica, vai ficando, e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas, esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo, se reencontrem.
E que nada, nada seja por acaso.”

Tati Bernardi


Colado, não significa inteiro

Quando alguém te machuca, algo se quebra, tal qual um jarro de vidro quando cai no chão. O tempo, as pessoas mudam, a vida toma outros rumos e, assim, chega uma hora que a gente acaba tentando juntar os pedacinhos que ficaram espalhados no chão, no canto na casa e até os que estão embaixo do tapete. Feito um aspirador de pó, a gente passa horas, dias e talvez meses recolhendo delicadamente cada "caco". Nos esforçamos para não deixar nada para traz e, por alguns instantes, acreditamos que a cola, a fita adesiva, e a nossa vontade é o suficiente para deixar tudo como antes. Apesar disso, depois que terminamos o trabalho de colar, juntar, grudar percebemos que até a forma é outra. O rancor, a raiva, a mágoa, a tristeza e todos aqueles sentimentos momentâneos, provavelmente, passaram e ficaram em algum lugar do passado, no entanto, as cicatrizes ficaram lá. O vaso foi colado, pode ser utilizado novamente, mas nunca será o mesmo vaso.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem ter porque


“Não se preocupe, não tenha pressa.
O que é seu, encontrará um caminho para chegar até você.
Deus não demora, Ele capricha!”

Caio Fernando Abreu


Ontem, hoje...


... e daqui para sempre, dia após dia até a eternidade!

Eu vivo me completando



(...) Mas não sou completa, não. Completa lembra realizada. Realizada é acabada. Acabada é o que não se renova a cada instante da vida e do mundo. Eu vivo me completando... mas falta um bocado.

Clarice Lispector

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Eu quero mais



Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde.Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.

Caio F.



Seu Prêmio!



Venho por meio dessa lhe informar do prêmio. Será entregue em sua residência. Em plástico bolha, fita crepe, caixa de papelão, papel dourado espelhado. Pode colocar na mesinha preta, ao lado daquele troço legal que sua mãe te deu. Uma peça de design chique e um coração ensanguentado, vão te perguntar de onde vem aquele coração. E você vai ter mais uma história pra contar baixinho, no ouvido das garotas: essa é boa, quer ouvir? Eu no meio de suas carrancas, cabeças de faraós, estrelas e leões. O vencedor. Pode voltar a respirar, pode fechar a janelinha emperrada da cozinha. Caso fique pesado para a sua decoração, me deixe com os bonequinhos do banheiro. Não serviu a saudade que eu sentia só porque você espremia saquinho por saquinho do shoyo longe de mim. Nem era longe, era logo ali, mas eu sentia saudade. Você queria uma prova, você queria a cabeça pra levar pro rei do seu peito. Você queria decapitar a mente que poderia te magoar. Eu jurei, um dia, vendo você dormir e gostando tanto de você pra pouco tempo, que não teria medo e seria doce e não escreveria uma linha e você seria o escolhido pra não ser mais um escolhido. Mas você levou meu coração, então só me resta a maldade, a bondade contrariada, que sempre me faz recorrer ao lugar comum de escrever um texto. O lugar onde tanta gente já esteve, o que é uma mentira só pra te ferir. O amor não é um jogo mas você ganhou. Daqui a pouco você vai se perguntar o que faz exatamente com isso, se não era melhor ter me deixado com o coração, assim eu poderia continuar gostando de você. Eu gostar de você só é um mérito se eu puder ir junto. Talvez você me mande de volta o prêmio, a caixa rasgada, o papel dourado amassado, o laço frouxo, o coração assustado. E me peça que continue apenas sentindo saudade de quando você demora com os saquinhos de shoyo. Pra gente voltar de onde se tem coragem. De onde a pressa é angustia solitária e não um caminhão de lixo que se joga no outro. De onde a insegurança é um gatinho preso numa jaula alta e não um tigre alimentado pelo ego. O amor recém-nascido e alimentado com água pura. Eu estava nele quando você achou que diminuindo seu ritmo você aumentaria suas chances. Pra gente voltar de onde se tem coragem. De onde a pressa é angustia solitária e não um caminhão de lixo que se joga no outro. De onde a insegurança é um gatinho preso numa jaula alta e não um tigre alimentado pelo ego. O amor recém-nascido e alimentado com água pura. Eu estava nele quando você achou que diminuindo seu ritmo você aumentaria suas chances.


Tati Bernardi




Das coisas boas que eu tenho me acostumado



Tenho me acostumado a receber o seu “bom dia” na hora mais sonolenta do meu café-da-manhã e a acordar definitivamente quando gargalho só porque você achou a minha história matinal bonita. Tenho me acostumado a rir muito mais de mim mesma porque você me acha engraçada e a sair mais enfeitada porque mesmo sabendo que não, tenho a impressão de que você me vê andando por aí, escutando sempre as mesmas músicas, no mesmo horário de sempre, mudando apenas os caminhos. Tenho me acostumado às mensagens ao longo do dia, aos seus mimos, a você sendo meu ouvinte passivo e sempre tão assertivo nas suas opiniões. Gosto dos seus cuidados e do respeito que você tem pelo meu lado mais maduro. Mas eu sei que você adora minhas molecagens e me espera à noite pra tomar chá comigo, talvez ansioso porque estou demorando um pouco mais. Secretamente, sem perceber, criamos nossos horários para promover e aproveitar mais os nossos encontros.

Tenho me acostumado a receber, eu que sempre dei até o que não tinha. E você me proporciona a vivência de um entusiasmo sem culpa. Antes eu achava que não era delicado estar tão feliz enquanto alguns sofriam. E por estas e tantas, tenho vontade de presentear você compartilhando um lado meu que talvez eu ainda não conheça, mas que você, com sua amorosidade, vem me ajudando a conhecer me dizendo com delicadeza detalhes sobre mim que eu nunca havia percebido_ tua sensibilidade é comovente. Gosto tanto da beleza que você me deu!Gosto do seu olhar atencioso e da sua maneira prática de me ajudar respeitando afetuosamente o meu tempo de resolver as coisas. Porque gasto muito tempo só sentindo, observando, contemplando, percebendo, mergulhando, vindo à tona e entregando as coisas pro Universo... Por isso, eu te peço: não tenha medo, eu não fujo do que é bom, eu aceito e agradeço...

(Tenho me acostumado a ter você por perto, por dentro, todos os dias, pra sempre... Hoje!)

Então, me espere para o chá das nove... Mesmo que eu me atrase um pouco.

Marla de Queiroz