terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rompendo barreiras



Ainda não descobri a verdade sobre porque nos preocupamos tanto com o que as pessoas pensam de nós. Parece que estamos o tempo todo preocupados com o que as pessoas irão achar da nossa roupa, do nosso sapato, da nossa profissão, do nosso companheiro, da nossa casa, do nosso carro, enfim da nossa vida.

Às vezes nem percebemos que, em muitos momentos, somos muito mais o que as pessoas querem ou esperam que sejamos. Somos o que nossos pais, amigos, namorados, maridos, chefes, colegas querem ou esperam de nós. Você pode até achar que não é assim, que sua personalidade é tão forte que não se submete ao julgamento das pessoas, mas será mesmo que isso é possível 100% do tempo?

Não estou dizendo que nós perdermos a nossa autenticidade, a nossa capacidade de sermos originais, ou que só agimos movidos pelos outros, mas é fato que isso acontece com mais freqüência que imaginamos.

Quantas vezes temos vontade de chorar e ao invés disso sorrimos como se nada estivesse acontecendo? Quantas vezes estamos cheios de problemas e quando alguém pergunta se está tudo bem, apenas respondemos que sim, sempre mantendo as aparências? Quantas vezes mudamos de roupa com receio de sermos considerados fora da moda? Quantas engolimos os nossos sonhos porque parecem ser idealistas demais? Quantas vezes escondemos o que pensamos por sabermos que as pessoas não concordam com a nossa visão?

Parece que no fundo tudo, tudo está ligado ao medo. Medo de não sermos aceitos no nosso grupo de amigos, medo de sermos rechaçados pela nossa família, medo de decepcionar aqueles que amamos, medo de sermos demitidos, medo de sermos abandonados, medo de mudar o que sabemos que precisa ser mudado, mas não queremos. O que, no entanto, não paramos para pensar é de que adianta termos medo de coisas desse tipo, se, ao final, no sentimos menos felizes?

Será que é melhor deixar o medo tomar conta dos atos e pensamentos, ao invés de fazermos o que realmente nos agrada, que nos deixa mais leve e mais alegre? Felicidade é algo subjetivo, acredito que ainda não encontraram definição precisa. Contudo, seria mais fácil alcançá-la se nos sentíssemos livres para ser, pensar e agir. Como diz o velho ditado, “falar é muito fácil”, mas não acredito que seja tão difícil ao extremo de ser impossível.

Com certeza as mudanças não se operam da noite para o dia, mas podemos começar aos poucos, um passo de cada vez, ao invés de passarmos por essa vida, sendo, pensando e vivendo o que não somos e o que nunca gostaríamos de ser. 

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