quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Felizes para sempre!


"Que a gente siga assustando as pessoas
que não merecem se encantar. Que a gente siga afugentando
quem não merece ficar. 
Que a gente siga!"
(Tati Bernardi)


É assustador como eu desejo, cada vez mais, passar todos os meus dias com você. Daqui para frente, daqui pra sempre, tudo só tem gosto de felicidade se for com você. Quando os meus pés saem do chão, quando os lindos sonhos batem à minha porta eu sei que tudo isso tem nome: VOCÊ!

Sensibilidade cotidiana



"O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeitada audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância. 
Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes. 
A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura. 
Às vezes é preciso recolher-se".

Lya Luft




quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Medo de Amar


Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

Martha Medeiros

terça-feira, 27 de setembro de 2011



" Acordei ensolarada. Não sei se o sol me iluminava.

Ou se de mim, saia a luz que se espalhava."

Renata Fagundes

E há dias que são exatamente assim! A gente acorda e se sente pronto para o mundo, pronto para as alegrias e vitórias do dia, pronto para ver a vida mais colorida e para sentir o amor de forma mais intensa. Alegria, alegria, alegria... Sorrisos fáceis, passos calmos, alma leve, coração completo. Que delícia essa sensação de paz interior! Que amanhã e os próximos dias continuem sendo assim!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aquele que coloca um fogo no coração e traz paz à mente


"A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham sido e sempre serão. Talvez nós tenhamos vivido mil vidas antes desta e em cada uma delas nós nos encontramos. E talvez a cada vez tenhamos sido forçados a nos separar pelos mesmos motivos. Isso significa que este adeus é ao mesmo tempo um adeus pelos últimos dez mil anos e um prelúdio do que virá."

Estranho como eu sempre me emociono ao assistir determinados filmes... É assim sempre que assisto Diário de uma Paixão. Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas acredito que a emoção possa ser ainda maior, já que a eu adoro ler e um livro nunca "cabe" em um filme só. 

Uma casa branca, com janelas azuis, uma varanda ao redor dela toda e um quarto com uma janela voltada para o lago... Foi assim que ela desejou a casa dela e foi, exatamente, assim a casa que ele construiu. Um amor que começou tão cedo, mas que desde logo aconteceu de forma tão profunda. Parece que a pergunta que não cala quando assistimos esses filmes tão cheios de sentimentos e romance é: será que isso existe fora das telas ou dos livros? Sempre chego à mesma conclusão... Com certeza existe! Talvez com um pouco menos de facilidades ou fantasias, mas o sentimento profundo e capaz de modificar tudo ao nosso redor existe. 

-"Você acredita que nosso amor é capaz de fazer milagres?"
-"Claro, é ele que traz você de volta pra mim todos os dias"
-"Será que nosso amor seria capaz de nos levar juntos?"
-"Nosso amor é capaz de fazer qualquer coisa."


O amor não tem por essência coisas tão grandiosas que o faça impossível de ser vivido. É simples, cheio de sutilezas que para a maioria das pessoas passa despercebido. É conhecer o outro, é um olhar, um toque, um cheiro, um sorriso, um gesto, um sonho a dois. 

"Se, em algum lugar distante no futuro, nós nos vejamos em nossas novas vidas, eu irei sorrir pra você com alegria, e lembrarei de como passamos o verão sob as árvores, aprendendo com o outro e crescendo no amor. E talvez, por um breve momento, você sinta também, e irá sorrir, e saborear as recordações que sempre dividiremos". 

Quão felizes são todos aqueles que sabem disso... Que acreditam no amor e, principalmente, que vivem o amor. Por qual motivo não podemos sonhar? Por qual razão não caberiam contos de fadas em nossas vidas?

"O melhor amor é aquele que nos desperta a alma e nos faz querer mais, aquele que coloca um fogo no coração e traz paz à mente. E foi isso que você me deu, e o que esperava dar a você para sempre, amo você..."


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dormir é preciso!



Às vezes é preciso dormir, dormir muito. Não pra fugir, mas pra descansar a alma dos sentimentos. Quem nasceu com a sensibilidade exacerbada sabe quão difícil é engolir a vida. Porque tudo, absolutamente tudo devora a gente. Inteira.


Marla de Queiroz

Se ninguém cede...

"Buscava entender melhor o que sentia e tentou dar uma chance ao acaso. Já havia se decepcionado algumas vezes. Deixara tudo passar em brancas nuvens. Se fez de desentendida, de desapegada, de desencanada. Fingia não importar-se, mas lá no fundo ficava magoada. Queria atenção. Queria cuidado, carinho, paixão. Precisava saber-se importante para ele. Sabia que não sentia e nem correspondia amor, mas buscava respeito e compreensão. Alguém para dividir as risadas, os planos e a estrada. Tentava encontrar indícios de que aquilo daria certo. Mas se via às voltas com contrastes e em meio a jogos de claro e escuro. Sabia dizer exatamente o que queria, e viu que a adaptação à sua maneira seria uma mudança para a outra parte e nessas horas não tem o certo, nem o errado. Existe sim, a inexistência da adaptação. Ninguém se dispôs a mudar, mas relacionamento é ceder. É perceber que cada um cede um pouquinho para que as duas partes fiquem unidas e que as duas metades se completem. Se ninguém cede, então é chegada a hora de seguir em frente".

Manuela Souza

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Eu preciso!


Tem dias que tudo é penumbra, tudo é escuridão. O sol brilha lá fora, irradia seus raios luminosos por todos os cantos, mas parece não conseguir alcançar a minha alma. Não encontro saídas, respostas, caminhos... As portas parecem estar todas fechadas, trancadas, cheias de nós, tal qual problemas sem solução. Talvez seja isso: um problema sem solução ou uma pergunta sem resposta. E, eu me desespero, eu penso nas faltas de possibilidades, no futuro incerto, nas dificuldades. Sinto uma nuvem negra que paira sobre a minha mente e meu coração. Duvido de tudo quanto há, tenho medo como uma criança que se encontra sozinha em um local desconhecido, vejo o abismo próximo dos meus pés. Ao mesmo tempo, me pergunto: para que tanto pessimismo? A vida é um mar de oportunidades, de alegrias e de aprendizados. Eu mesma sempre digo a todos a minha volta que sempre há saídas, que nada acontece por acaso, que confiança e fé são fundamentais sempre. Mas, infelizmente, isso nem sempre é suficiente para que eu consiga deixar fluir a luz em mim mesma. Momentos difíceis são momentos difíceis, e, se é que eles não vão desaparecer, é preciso ao menos tentar enxergar de outra forma...

sábado, 17 de setembro de 2011

A dor de matar ilusões



Vivia o meu luto de amor. Olhava pra dentro de mim e via ali, deitada em caixão branco em estilo romântico, todas as minhas ilusões de amor. Suspirava, seus últimos ais, uma que cultivei durante anos: a idéia de que as pessoas só permanecem juntas por amor ou a fidelidade ao amor declarado.
Poxa, nos dias de hoje, em que o divórcio já é permitido há anos e cada dia mais se torna menos burocrático o desfazimento dos vínculos formais do matrimônio, manter um caso extraconjugal me parecia, no mínimo, démodé. Olhava a meu lado e, no entanto, via homens casados paquerando tranqüilamente pelos barzinhos do Rio carregando no dedo suas largas alianças. A um desses, que insistia em pedir meu telefone mesmo diante de um sonoro: "não quero conversar com você!" eu disse: posso te dar um telefone sim, o do meu analista.

Por onde olhava, eu via traição. Essas cenas e outras tantas histórias contadas em verso e prosa sobre encontros eventuais, namoricos e casos extraconjugais juravam de morte minha ilusão predileta e me atormentava: por quê?
De outro lado, eu via os meus amigos separados ou em vias de, o que, de certa forma, me confundia: por quê? Entre relações extraconjugais e separações, o que definiria a escolha? Só resta essa alternativa? Estamos entre casamentos infelizes entremeados de relações paralelas e a separação? Há um outro caminho possível para as relações de afeto?
Recentemente, uma amiga querida, recém separada, deixou um recadinho no meu facebook dizendo que já não era mais uma grande incentivadora de casamentos, mas que desejava a mim toda felicidade do mundo e sucesso na empreitada. Concluía contando de uma amiga comum, que estava se separando.
Naquele momento, lendo a mensagem, sorri internamente por notar que já havia vivido o meu luto de amor com todas as dores reais de matar ilusões.
O que sei é que, ultimamente, só tenho notado pessoas felizes ao meu redor e sinto o que têm em comum: a decisão de construírem um caminhar coerente com suas verdades internas em quaisquer relações de afeto que estejam construindo, tenham o nome que tiverem.

Carina Bicalho

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

E você, o que?



Me dei, me dei... Mudei. E você, o quê? Fiz tudo, te dei o meu mundo. E você o quê? Joguei, lutei, arrisquei, amei! Gostei, um amor maior: impossível. E você o quê? Ultrapassei meu íntimo. Fechei meus olhos, os olhos da alma. Decidi ignorar meus padrões. Ocultei minhas raivas, algumas vezes não deu, disfarcei meus ciúmes, amaciei minhas mágoas. Sua voz me tranquilizara, teu sexo me domava. Fiz como pude e como não pude. Do seu jeito fui levando, algumas vezes amor próprio me faltou, mas eu só queria seu amor. Por inúmeras vezes te amava mais do que o tudo. E pergunto: E você? O quê? Armei sua lona, fiz seu circo , pintei seu mundo. Fiz de você meu primeiro. Usei suas cores, anulei as minhas. Aceitei suas verdades intactas, anulei as minhas. E você amor? O quê? O quê você fez? Despedacei meu ego, levantei nossa bandeira me julguei egoísta, fui contra a seu favor. Chorei, chorei, chorei até faltar vazio em mim. Fui no fundo, no profundo do meu âmago. Pra merecer teus carinhos, teus gemidos, tua língua, teu prazer, teu sorriso, tua atenção, teu apreço. Pra me sentir mulher, me fiz criança. Fiz pirraça, cena, novela. Decorei um texto pra nada dar errado. Abri a mente, fiz preces, fantasiei um mundo. Amei teu corpo, teu jeito, teu cheiro,tua sombra, abri meu peito acreditei na gente. Desconfiei muito, mas confiei demais. E você amor? O quê? Ouviu minha canção? Abriu o peito? Cortou seus cabelos? Trocou de canal? Falou "aquela" frase? Fez planos pra mim? Escolheu um filme pra nós dois? Foi minha companhia para todos os momentos? Foi a um show? Usou "aquela" blusa? Amou-me de verdade? Pensou em mim? No que construímos? No que alcançamos? Tudo um dia tem fim. Tudo na vida tem volta. Tranqüilo você pode ficar, riscos de amar sem ser amado, você não há de correr não. Amor de verdade você não sabe diferenciar. Dizer que vou ser feliz agora? Quem sabe? Dizer que você vai se dar bem? Tomara! Aprendizados são pra vida toda, mas amor unilateral na vida da gente uma só vez é suficiente.
(Tati Bernardi)



A gente sabe que é amor quando percebe que muita coisa só tem sentido porque o outro existe.  É quando sentimos um desejo incontrolável de não perder mais nenhum momento de felicidade nessa vida, e, nesse momento, felicidade só é felicidade plena se estivermos com o outro. E, naturalmente surgem os planos para o futuro, aquele nem tão distante e aquele do tipo daqui 10 anos, quando... Nós nos deliciamos com nossos sonhos individuais e conjuntos e passamos e horas falando de decoração, da pia do banheiro, da mesa de jantar, da cor da parede, dos móveis da sala, do lugar do quadro na parede... A gente imagina até quem vai lavar a louça a após o jantar e quem vai fechar as janelas antes de dormirmos... Imaginamos os próximos dias dos próximos anos desse jeito: juntos!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu odeio, mas eu amo


Da boca pra fora eu odeio tanta coisa que você faz, mas no fundo eu sei que te amo cada vez mais. Eu odeio quando você quando você bagunça meu cabelo, quando me abraça e suja meus óculos, quando eu acabo de me maquiar e você me enche de beijos desfazendo todo o trabalho. Eu odeio quando você me pega no colo e me deixa de cabeça para baixo, quando você gruda em mim e não solta nunca mais... Eu odeio quando você apronta as suas travessuras e me deixa quase sem paciência, mas eu te amo quando você transforma tudo isso em brincadeira e me rouba um sorriso inteiro.

Enfim, livre!


"Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se. Você quer ser feliz para sempre? Perdoe." 

Essa frase de Tertuliano me faz pensar tantas coisas... Perdão! Uma palavra tão pequena mas tão carregada de significados. Muito fácil de falar, mas muito difícil de ser sentida e vivida em sua plenitude. Ainda estamos presos demais ao nosso ego, à mágoa, à crença de que os outros é que estão errados. E, por mais que seja difícil admitir, parece que para toda situação temos um pouco de erro e um pouco de acerto, ainda que em maior ou menor proporção. Há muita coisa difícil de se fazer nessa vida e talvez perdoar esteja nessa lista... Não por orgulho ou por "julgarmos" se o outro "merece" ou não, mas sim porque é difícil passar uma borracha em tudo o que nos magoou, nos fez chorar, nos deixou desacreditados. No entanto, não acredito que seja impossível. É bem possível, é um esforço diário, é consequência da nossa busca por sermos pessoas melhores. É uma oportunidade de colarmos em prática tudo o que "pregamos" sobre amor, respeito, caridade. Acredito que tudo comece com a vontade e com a decisão e, também, assim poderá ser com o ato de perdoar. A partir do momento que tomamos a decisão de perdoar, é o hora de trilhar o caminho em busca dessa realização para, só assim, ficarmos livres de nós mesmos. 


Apaixone-se


Apaixone-se definitivamente pelo SEU sonho
(o sonho de ninguém deve ser mais apaixonante que o seu).
Apaixone-se por sua família
(mesmo que ela não seja do jeito que você planejou, ainda assim, ela é a sua família).
Apaixone-se pelo SEU talento
(mesmo que seu lado crítico insista para você escolher realizar outras coisas, mais "convenientes").
Apaixone-se mais pela viagem do que pela chegada a seu destino
(a primeira é garantida.).
Apaixone-se pelo SEU corpo
(mesmo que ele esteja fora de forma, pois de "qualquer forma" ele é a única casa que você realmente possui).
Apaixone-se pelas suas memórias mais deliciosas
(ninguém pode tirá-las de dentro de você e elas são excelentes fontes de inspiração em momentos de dor).
Apaixone-se por aquelas besteiras saudáveis que passam por sua mente entre um e outro momento de estresse (elas ajudam a sobreviver!).
Apaixone-se pelas pessoas que estão ao seu lado na caminhada do dia-a-dia (a pessoa certa é aquela que está definitivamente do seu lado).
Apaixone-se pelo sol
(ele é fiel, gratuito, absolutamente disponível e dá prazer).
Apaixone-se por alguém
(não espere alguém se apaixonar antes por você, só por garantia e segurança).
Apaixone-se pelo SEU projeto de vida
(acredite, a vida é só sua!).
Apaixone-se pela dança da vida, que está sempre em movimento dentro da gente, mas que, por defesas nós teimamos em aprisionar.
Apaixone-se mais pelo significado das coisas que você conquistar do que pelo seu valor material.
Apaixone-se por SUAS idéias
(mesmo que tenham dito que elas não serviam pra nada).
Apaixone-se por SEUS pontos fortes
(mesmo que os pontos fracos insistam em ficar em alto relevo no seu cérebro).
Apaixone-se pela idéia de ser verdadeiramente feliz
(felicidade encontra-se de sobra nas prateleiras de seus recursos interiores).
Apaixone-se pela música que você pode ser para alguém...
Apaixone-se por SER HUMANO!
Apaixone-se definitivamente por VOCÊ!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rompendo barreiras



Ainda não descobri a verdade sobre porque nos preocupamos tanto com o que as pessoas pensam de nós. Parece que estamos o tempo todo preocupados com o que as pessoas irão achar da nossa roupa, do nosso sapato, da nossa profissão, do nosso companheiro, da nossa casa, do nosso carro, enfim da nossa vida.

Às vezes nem percebemos que, em muitos momentos, somos muito mais o que as pessoas querem ou esperam que sejamos. Somos o que nossos pais, amigos, namorados, maridos, chefes, colegas querem ou esperam de nós. Você pode até achar que não é assim, que sua personalidade é tão forte que não se submete ao julgamento das pessoas, mas será mesmo que isso é possível 100% do tempo?

Não estou dizendo que nós perdermos a nossa autenticidade, a nossa capacidade de sermos originais, ou que só agimos movidos pelos outros, mas é fato que isso acontece com mais freqüência que imaginamos.

Quantas vezes temos vontade de chorar e ao invés disso sorrimos como se nada estivesse acontecendo? Quantas vezes estamos cheios de problemas e quando alguém pergunta se está tudo bem, apenas respondemos que sim, sempre mantendo as aparências? Quantas vezes mudamos de roupa com receio de sermos considerados fora da moda? Quantas engolimos os nossos sonhos porque parecem ser idealistas demais? Quantas vezes escondemos o que pensamos por sabermos que as pessoas não concordam com a nossa visão?

Parece que no fundo tudo, tudo está ligado ao medo. Medo de não sermos aceitos no nosso grupo de amigos, medo de sermos rechaçados pela nossa família, medo de decepcionar aqueles que amamos, medo de sermos demitidos, medo de sermos abandonados, medo de mudar o que sabemos que precisa ser mudado, mas não queremos. O que, no entanto, não paramos para pensar é de que adianta termos medo de coisas desse tipo, se, ao final, no sentimos menos felizes?

Será que é melhor deixar o medo tomar conta dos atos e pensamentos, ao invés de fazermos o que realmente nos agrada, que nos deixa mais leve e mais alegre? Felicidade é algo subjetivo, acredito que ainda não encontraram definição precisa. Contudo, seria mais fácil alcançá-la se nos sentíssemos livres para ser, pensar e agir. Como diz o velho ditado, “falar é muito fácil”, mas não acredito que seja tão difícil ao extremo de ser impossível.

Com certeza as mudanças não se operam da noite para o dia, mas podemos começar aos poucos, um passo de cada vez, ao invés de passarmos por essa vida, sendo, pensando e vivendo o que não somos e o que nunca gostaríamos de ser. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sem fim!


...Não me pergunte quando foi o começo
Às vezes o amor começa do meio
Você tem o dom de deixar tudo simples assim
História sem começo, e um romance sem fim...




Soprar as velinhas!


Aniversariar é sentir a alegria de viver. É sentir uma vontade imensa de agradecer tudo aquilo que Deus nos proporciona a cada ano, mês, dia, instante... É compartilhar com as pessoas mais especiais uma imensidão de desejos bons... É querer que seu dia dure pelo menos uma semana para que você tenha mais tempo para aproveitar a companhia, a alegria, o carinho, o momento...
Que bom seria se todo dia fosse vivido como se fosse nosso aniversário, pois tudo seria divertido e alegre como uma festa. A vida tão cheia de problemas, falta de tempo e complicação, precisaria de pelo menos 10 aniversários por ano! E, por mais que muita gente não goste da data, seja lá por qual motivo for, ou pelo simples fato de considerarem aniversário = "envelhecimento", eu sou apaixonada pelo meu dia. 
Muito, muito obrigada à todas as pessoas que fazem parte da minha vida, dos meus dias e da minha felicidade! =)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dias Alegres


E há dias que eu fico pensando na vida, nos caminhos, nas possibilidades, nas oportunidades... Às vezes é tão fácil sonhar como o que queremos ser ou que queremos fazer, mas é tão difícil chegar até lá. Os dias são cheios de incertezas, de surpresas, de novos ventos que nos levam para um outro cais. Eu me pergunto: onde vou chegar? onde quero chegar? onde posso chegar? As respostas mudam conforme o meu humor. Para os dias alegres chego ao infinito, para os dias tristes e deprimidos não saio da minha cama e fico ali presa ao meu mundinho de doces ilusões. Por isso, prefiro muito mais os dias alegres e me esforço para que eles sejam maioria no meu calendário, afinal, neles eu me descubro e me redescubro, eu pinto o sol de azul e as nuvens de  laranja fluorescente. Acho que o segredo é ter esperança nos dias bons e seguir trabalhando na construção dos nossos sonhos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Já nem me lembro mais...


Das flores
Das cores
Das surpresas
Das coisas sem motivo
Do espontâneo
Da importância do importante
Do que se chama preocupação
Dos sonhos de um dia
Dos olhares
Da certeza
Do sorriso
Do toque de magia
Dos ouvidos

Há tanta coisa que já nem me lembro mais...

Somos responsáveis por nossas rosas



"E foi então que apareceu a raposa :
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o príncipezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu ? Perguntou o príncipezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o príncipezinho.
Após uma reflexão, acrescentou :
- Que quer dizer « cativar »?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras ?
- Procuro os homens, disse o príncipezinho. Que quer dizer « cativar »?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo ! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas ?
- Não, disse o príncipezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer « cativar »?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa « criar laços... »
- Criar laços ?.
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o príncipezinho. Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra, disse o príncipezinho.
A raposa pareceu intrigada :
- Num outro planeta ?
- Sim.
Há caçadores nesse planeta ?
- Não.
- Que bom ! E galinhas ?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe :
- Por favor... Cativa-me! Disse ela.
- Bem quisera, disse o príncipezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me !
- Que é preciso fazer? Perguntou o príncipezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...
No dia seguinte o príncipezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta a agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito ? Perguntou o príncipezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias !
Assim o príncipezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou à hora da partida, a raposa disse :
- Ah ! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o príncipezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! Disse o príncipezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada !
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou :
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o príncipezinho rever as rosas :
- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda: Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o para vento. Foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa :
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
O essencial é invisível para os olhos, repetiu o príncipezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... Repetiu o príncipezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... Repetiu o príncipezinho, a fim de se lembrar..."